Será que para toda doença existe remédio?

Vamos refletir sobre alguns assuntos importantes neste contexto, primeiro a singularidade de cada ser humano, segundo o mercado farmacológico e para finalizar vamos analisar o quanto as pessoas trocam os bons hábitos por facilidades.

Por Anderson do Prado - Pinduca em 9/19/2022

Será que para toda doença existe remédio?

 

 

Vamos refletir sobre alguns assuntos importantes neste contexto, primeiro a singularidade de cada ser humano, segundo o mercado farmacológico e para finalizar vamos analisar o quanto as pessoas trocam os bons hábitos por facilidades.

 

Já somos cerca de 8 bilhões de habitantes no planeta e ninguém é igual a ninguém. Nossas individualidades nos colocam num status de “especiais”, não existem cópias, não existem as mesmas vontades, não existem reações idênticas.

Se para tudo somos seres diferentes, por que pensamos que o mesmo remédio funcionaria igualmente em todos os organismos?

Nossa estrutura física, nossos sistemas orgânicos e principalmente nosso cérebro não reagem igualmente, sendo assim, todo remédio deveria ser personalizado para funcionar individualmente e melhor. Mas essa não é a nossa realidade.

 

Seguindo com nossa reflexão, vejamos a estrutura de produção dos farmacológicos. Seria mais oneroso produzir remédios personalizados, portanto a indústria define as doses das drogas em cápsulas e todos, ou quase todos, tomam a mesma quantidade. Será que isso é eficiente para a saúde ou para o lucro?

 

Terminando quero chamar a atenção para a busca do ser humano por facilidades.

Que bom seria tomar um remedinho e emagrecer o quanto gostaríamos, que maravilha tomar um comprimido e ver nossas angústias desaparecerem, ou ainda, que sensacional passar uma pomadinha e instantaneamente perceber as dores sumirem.

Iludidos por essas irrealidades das facilidades, muitas pessoas deixam de movimentar seu corpo, escolher alimentos mais saudáveis, buscar ajuda psicológica, compartilhar carinho, amor e dosar seu tempo entre o trabalho e a vida familiar, social e pessoal, prejudicando assim a sua saúde.

Cuidar da saúde mental e física vai ajudar a suportar melhor os desafios do dia a dia. Saber reconhecer, respeitar e compartilhar com o outro são comportamentos fundamentais para viver melhor.

 

Assim, acredito que existam doenças que NÃO são curáveis por remédios, mas são tratadas por um abraço, por uma frase de amor, por uma caminhada despretensiosa, por um gesto de caridade, ou até mesmo, por uma identificação consciente de que nossas limitações e fragilidades fazem parte de nós.

 

Os caminhos dos bons hábitos nem sempre são os mais fáceis, mas certamente serão os mais eficientes e singulares.

EXPERIMENTE...

 

Anderson do Prado-Pinduca

Psicanalista e Personal Trainer

@pinducaprado